Thursday, March 09, 2006

Les liaisons dangereuses (1782)



Talvez um dos maiores romances epistolares de todos os tempos (na minha opinião o é), Les liasons dangereuses (As ligações perigosas, 1782), de Pierre-Ambroise-François Choderlos de Laclos (1741-1803), apresenta uma narrativa forte, bem construída no vai-e-vem das cartas publicadas, segundo a persona do editor do livro, para a correção dos costumes, conforme o anuncia a epígrafe do volume, extraída de outra obra-prima epistolar dos Setecentos - Julie ou la Nouvelle Héloïse (1761), de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): "J'ai vu les moeurs de mon temps, et j'ai publié ces Lettres" (vi os costumes de meu tempo e publiquei essas cartas). O romance mereceu ao menos três traduções brasileiras: a de Sérgio Milliet, a de Osório Borba e a de Carlos Drummond de Andrade.
Em 1988, o romance recebeu uma das suas mais perfeitas adaptações cinematográficas, Dangerous liaisons, dirigido por Stephen Frears e com um elenco de peso: Glenn Close (Marquesa de Merteuil), John Malkovich (Visconde de Valmont), Michelle Pfeiffer (Madame de Tourvel), nos papéis principais. É um filme que vale a pena sempre rever. Assim como Les liaisons dangereuses, um romance que vale a pena sempre reler.
Para o romance em francês: http://abu.cnam.fr/BIB/auteurs/laclosp.html
Para informações sobre o filme: http://www.imdb.com/title/tt0094947/

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Uma das imagens marcantes de Ligações Perigosas para mim é aquela pompa da entrega da carta na bandeja por um criado.

12:55 PM  
Blogger Emerson Tin said...

E essa é uma imagem recorrente em vários filmes chamados "de época". Essas sociedades eram regidas por rigídas regras de etiqueta, e essas regras também transpareciam nas formalidades em torno do exercício epistolar. Obrigado pelo comentário, Polli! Abraço!

1:07 PM  

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